ZÉ PELINTRA
mas ás vezes visito lugares diferentes em busca de almas que necessitam de evolução,dentro dos centros espíritas, e manifesto em algum médium para trazer uma mensagem de sabedoria, diferente do que muitos falam em minha encarnação na terra não fui um pilantra, o que dá uma ideia de bandido ou coisa assim, eu nasci no Estado de Pernambuco em uma cidadezinha até modesta, minha família era nobre e carregava o peso de ter como patriarca um coronel que ditava as regras para a cidade inteira, eu jovem, bonito e filho de coronel não me preocupava em trabalhar gostava da esbornia, da bebida do cigarro e das noites nas tabernas e pernoites com donzelas, e senhoras afoitas, ora meus camaradas, que triste amigos, que foi na noite da emboscada, que não era eu que enganava, era astuto e competente o companheiro ausente de uma bela e esmera donzela desposada que em meus braços despediu-se da vida lavada em sangue que espumava e se juntava ao meu, deitados nossos corpos no solo, caminhamos em direção de uma luz que aguardava nossa alma em pânico.
percebi um laço amigável e familiar mas as dores que eu sentia impedia de perguntar, assim parti... sem cumprir o meu destino, a minha tarefa à qual me levou a ter um corpo na Terra, parti sem dar a devida atenção ao que realmente era importante, parti sem amor, sem perdão sem evolução, parti sem se despedir daqueles que realmente se importavam comigo, parti sem beijar aquele belo rosto da única mulher que realmente me amou a minha mãe, parti sem pelo menos uma única vez ter ouvido o que o coronel meu pai teria me dito se soubesse quantas vezes eu o roubei, parti sem se desculpar das donzelas que desonrei das esposas que enganei e dos maridos traídos, parti se me despir do orgulho e da vaidade, da vergonha e da infidelidade parti sem mesmo ter pedido uma vezinha que fosse para que Deus me perdoasse, só sei que após o meu desenlace estive por longos anos aos quais não sei exprimir pois a nossa morada é atemporal e nela tive que trabalhar muito e conseguir um passe para incorporar em um aparelho e através dessa incorporação orientar e tentar convencer vocês meus amigos e camaradas encarnados de que o amor, a caridade e a fé são elementos essências para a evolução do espirito, me entristeci quando vi, aparelhos trabalhando com eguns e dizendo ser-me eu, Zé Pelintra na Esquerda, na direita na Quimbanda, fazendo feitiço, cobrando pataco, destruindo famílias, Meus camaradas não era eu, caso contrário, não estaria falando com vocês pois minha luz teria se apagado, é verdade que gosto de aparelhos que se vestem bem se caracterizam de Zé com vestes chapéus, bengala, me sinto homenageado, não necessito de cigarros, nem bebidas mas posso usar para magnetizar e defumar o ambiente, e os meus falangeiros Zés Pelintras sabem que sou exigente, forte e disciplinado, pois aprendi muito em todo tempo que estive entre o Céu e a Terra, se assim entenderem melhor, só peço que reflitam meus camaradas todos temos permissão de Deus para fazermos tudo que quisermos, pois nos é tudo permitido mas cabe a nós mesmos compreender que nem tudo nos é licito, quando eu era criança no sertão já me ensinaram as regras da educação, deixe tudo exatamente como você encontrou, pois é meus camaradas devolvam seus corpos á terra exatamente como o receberam, pois assim suas almas hão de sofrer menos.
Que Deus ilumine a todos. ZÉ PELINTRA (*apelido)
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