BUSCANDO O CONHECIMENTO



LINHAS CRUZADAS

Fato que ocorre em muitos terreiros de Umbanda e passam despercebidos são as entidades que muitas vezes incorporam cruzadas com outras linhas, como Caboclo cruzado com Baiano, Baiano cruzado com Pretos Velhos, e até mesmo entidades da direita cruzadas com a linha da esquerda, resolver esse problema é fácil para a Mãe de Santo resolver e descruzar através de trabalhos feito na mata, mas na verdade o correto é prevenir e não remediar.

Mas como podemos prevenir que as entidades venham cruzadas nos terreiros de umbanda, como preparar o médium para não permitir que isso aconteça porque as linhas se cruzam? Isso ocorre por conta do médium que não busca aprimoramento, conhecimento, discernimento, quando começa incorporar começa a pensar que não precisa aprender mais nada, muitos começa a se sentir poderosos e melhores que outros médiuns, partindo para o lado negativo da incorporação, como no inicio a maioria dos médiuns são conscientes, os espíritos tomam apenas 1/3 da sua mente, eles acabam tentando controlar até mesmo a espontaneidade da entidade, falando por si mesmo e muitas vezes fugindo do contexto da apresentação simbólica daquela entidade.
 Quero dizer como exemplo os caboclos podemos dizer que a maioria representa os nossos índios que viveram no século passado, antes mesmo do Brasil ser descoberto, como o Cacique Tupinambá, da Tribo Tupinambás o Guerreiro Pena Dourada, da Tribo Aimorés o pajé Ubirajara da tribo Tamandaré  e outros mais, na maioria falam tupi guarani, mas graças ao nosso conhecimento podem ser um pouco mais claros para nosso entendimento, muitos não foram índios na ultima encarnação, mas em outras experimentaram o corpo indígena e agora representam na incorporação  a necessidade de cumprir a missão que talvez não tenha alcançado em sua encarnação. O médium por si mesmo desconhece o tupi guarani e ao intervir na fala do índio para muitas vezes saciar o seu ego cruza as entidades, vou dar um exemplo para se entender mais fácil, a maioria dos caboclos quando estão em terra incorporados nos médiuns, quase não falam são meio carrancudos gostam de emitir sons como gritos de guerra, e chamamento conhecem bem as ervas e frutas, e nos ensinam a utiliza-las seus passes são calmos e gostam de soltar a fumaça do charuto para nos fluidificar, às vezes dão uns passos diferentes como se estivessem dançando. Diferente dos baianos que dançam catira, xaxado, é mais animado e sorridente, mas também muito sérios em seus trabalhos. Sabemos que a maioria dos médiuns gosta mais de incorporar baianos, ciganos, marinheiros do que caboclos e pretos velhos consideram mais fáceis e divertidos, e os baianos falam tudo mesmo, já os caboclos falam pouco, mas em conhecimento todos são entidades inteligentes, superiores e capacitadas.


Sendo assim o que gostaria de salientar é que a preferência do médium por alguma entidade atrapalha a incorporação, faltam os médiuns buscarem conhecimento lerem mais, conhecer um pouco da historia da umbanda e do candomblé e de Alan Kardec, os dez mandamentos a religião cristã, os Santos, as divindades, os orixás, tudo sobre o comportamento, a comida a bebida as irradiações e etc. Não são as entidades que precisam do conhecimento, pois isso elas já tem, é o médium que deve procurar se espiritualizar de todas as formas se quiser andar corretamente na umbanda e receber vibrações corretas e puras das entidades. Aprenda quando você está incorporado não é você que esta falando é um espirito que utiliza suas cordas vocais para emitir sons, conhecimentos e diagnósticos culturais dele e não as suas frustrações. Se andar corretamente, não intervir nos assuntos das entidades, tirar uma hora do seu dia para mentalizar, espiritualizar, em dias de trabalho firmar o anjo da guarda, tomar banho de ervas e participar das obrigações  de cabeça, as suas entidades trarão uma ótima vibração na incorporação e com o tempo você passará de médium consciente para semi-consciente a evolução é lenta mas não só para você.... pense nisso e siga passo a passo.
  

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