Menino Indio



Pequena história do Erê (Apuã) Menino Índio

 Vou partilhar porque é muito celestial as palavras desse espirito de luz que  me inspirou essa escrita, muita sabedoria em suas palavras porém uma pureza angelical "houve um tempo em que ouvia o canto dos pássaros pela madrugada em minha casa de sapê, saia pela manha em busca de frutas para comer e quantas vezes encontrava uma cobra pelo caminho, não matava só espantava, a natureza é assim, se você não for comer, não mate, não colha, não arranque a raiz, porque o que a ti não serve, para outro há de servir, então pulava dentro do riacho de águas cristalina onde via os peixes lá embaixo e pensava quão maravilhoso era o Pai, divino Oxalá que abençoava a natureza e com seu coração bondoso trazia a nós a beleza mais perfeita do mundo, mundo esse que conheci sozinho, alguém que não pude reconhecer, levou papai e mamãe, e fiquei aqui só, sobrevivi por conta que papai me ensinou que logo cedo eu devia acordar e assim foram por alguns anos, fazia todos os dias as mesmas coisas, a grande e verde  mata envolvia minha casinha, cada dia mais, não me lembro que alguém como eu fosse me procurar por ali, não sei para onde levaram meus pais mas sei que eram pessoas iguais a mim, comia muitas frutas e folhas que encontrava na mata e o riacho matava a minha sede, carregava comigo um galho de arvore que eu usava para espantar as cobras, os passarinhos continuavam a cantar, lembro que sentei em uma pedra rochosa, o sol estava bem quente, eu já havia me banhado no riacho e comia os gominhos de uma fruta, acho que chamava tambá, era pequenino mas lembrava que a mamãe falava pro papai  tambá iapu,  e era de hora de comer, Depois acho que adormeci sentado na pedra, e quando abri os olhos vi papai e mamãe me chamando, Venha Apuã filhinho viemos te buscar, você agora vai ficar com a gente para sempre fiquei muito feliz e parti com eles, muito tempo depois eles me explicaram que eu havia desencarnado"...




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